O Integratur pode ser a “última” oportunidade de união do setor turístico do Sul

Editorial – Por Sandro De Mattia, vice-presidente da Abrajet-SC
Se há um setor que vem amadurecendo com consistência no sul de Santa Catarina, é o Turismo. Nenhum outro segmento tem se redescoberto, se estruturado e se organizado com tamanha dedicação. E o mais importante: há um consenso crescente — quase uma unanimidade — de que o turismo só crescerá de forma sólida se for regionalizado e unido.
Ontem, participei de dois eventos organizados pela Unesc, por meio da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transparência em Tecnologia. O primeiro, pela manhã, reuniu agentes de turismo e representantes do trade de maneira bem regionalizada. Houve apresentação de dados e rodadas de conversa para mapear desafios e necessidades do setor.
À tarde, foi a vez da apresentação da Expo Integratur, que acontecerá em novembro e reunirá todo o trade das IGRs Encantos do Sul, Caminhos dos Cânyons e Serra Catarinense. Além disso, houve detalhamento do projeto Integratur. O evento trouxe informações relevantes, apontou tendências, criou conexões, despertou interesses e promoveu palestras com especialistas.
Como vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo — Abrajet-SC, acompanho muitos movimentos na área. Conheço diversas iniciativas, mas ouso afirmar: esta é a única que, de fato, ganhou estrutura e corpo, unindo várias instituições e pessoas em torno de um propósito comum e bem definido: desenvolver o turismo no Sul de Santa Catarina com ações programadas.
É compreensível que, diante de tantos passos anteriores que não se consolidaram, haja ceticismo. Mas esta iniciativa tem robustez e merece crédito, confiança — e, principalmente, participação.
Os agentes de turismo, conselhos municipais, empresários do setor e nossas lideranças políticas devem abraçar esse movimento, liderado pela Unesc e fortalecido por diversas outras instituições.
Não vejo, hoje, outra ação com tanto potencial e engajamento quanto o Integratur. Este é o momento de união, envolvimento e crença de que esse passo pode desencadear uma nova fase para o turismo regional — capaz de fazer o turista permanecer 5, 10 ou até 15 dias aproveitando as maravilhas únicas que temos da Serra ao Mar. Mas para isso, devemos fazer o dever de casa. Se unir, fortalecer para construir estruturas para roteiros e experiências turísticas.